Retrolistese com instabilidade: avaliação e tratamento
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Sentir dor nas costas que não melhora com repouso é frustrante. Quando a causa é a coluna, um diagnóstico possível é a retrolistese com instabilidade.
Neste artigo eu explico de forma prática o que isso significa, como é feito o diagnóstico e quais são as opções de tratamento, desde medidas conservadoras até procedimentos cirúrgicos. Vou usar linguagem simples e exemplos reais para você entender o que esperar em cada etapa.
O que é retrolistese com instabilidade?

Retrolistese é quando uma vértebra desliza para trás em relação à vértebra abaixo. A expressão “com instabilidade” indica que esse deslizamento não é estável e tende a se mover mais em determinadas posições ou movimentos. Isso pode gerar dor, compressão de nervos e sensação de insegurança ao se movimentar.
Nem toda retrolistese causa sintomas. O problema aparece quando a instabilidade leva a desgaste das articulações, compressão neural ou dor mecânica intensa que limita atividades diárias.
Causas comuns
- Degeneração: Desgaste dos discos e facetas articulares com a idade.
- Trauma: Quedas ou acidentes que provocam deslocamento vertebral.
- Cirurgias prévias: Procedimentos que alteram a biomecânica da coluna podem favorecer instabilidade.
- Doenças inflamatórias: Condições que fragilizam estruturas vertebrais.
Sintomas que você pode perceber
- Dor lombar: Piora ao ficar em pé, caminhar ou levantar peso.
- Irradiação para membros: Formigamento, choque elétrico ou fraqueza nas pernas.
- Sensação de instabilidade: Como se a coluna “cedesse” em certos movimentos.
- Perda de função: Dificuldade para realizar tarefas rotineiras por causa da dor.
Como é feito o diagnóstico
Baseando-se nas informações do Dr. Aurélio Arantes, médico especialista em coluna, o primeiro passo é a avaliação clínica. O médico pergunta sobre dor, histórico de trauma e limitações. O exame físico procura sinais de compressão nervosa e alterações na marcha.
Exames de imagem confirmam o diagnóstico. A radiografia em pé mostra o deslizamento vertebral. Radiografias dinâmicas, com flexão e extensão, evidenciam a instabilidade.
Tomografia computadorizada detalha os ossos. A ressonância magnética avalia o disco, as raízes nervosas e sinais de inflamação. Juntos, esses exames definem a gravidade e orientam o tratamento.
Opções de tratamento
O tratamento varia conforme a intensidade da dor, o grau de instabilidade e a presença de déficit neurológico. O objetivo é reduzir dor, proteger estruturas nervosas e melhorar a função.
Tratamento conservador
- Repouso relativo e modificação de atividades: Evitar esforços que pioram os sintomas por semanas.
- Fisioterapia: Fortalecimento do core, alongamento e treino de estabilidade para reduzir a sobrecarga na coluna.
- Medicamentos: Analgésicos, anti-inflamatórios e, em alguns casos, relaxantes musculares por curto período.
- Infiltrações: Injeções de corticoide ou bloqueios radiculares podem reduzir dor e inflamação quando há compressão nervosa.
Quando a cirurgia é necessária
Se a dor não melhora com tratamento conservador, ou se houver déficit neurológico progressivo, a cirurgia pode ser indicada. O procedimento visa estabilizar as vértebras e descomprimir nervos quando necessário.
As técnicas cirúrgicas mais comuns incluem fusão vertebral com instrumentação, que reduz movimento no segmento instável, e descompressão para aliviar raízes nervosas comprimidas. O plano cirúrgico é personalizado, considerando idade, saúde geral e expectativas do paciente.
Como recomenda um dos melhores especialistas em cirurgia de coluna em Goiânia, marcar uma avaliação com um especialista é o primeiro passo, pois nessas clínicas, equipes especializadas avaliam casos complexos e oferecem opções completas de tratamento.
Reabilitação pós-tratamento
A recuperação não termina com a cirurgia. A reabilitação é essencial para recuperar força e mobilidade. A fisioterapia pós-operatória começa com exercícios leves e progride conforme a cicatrização.
O tempo de retorno às atividades varia. Atividades leves podem voltar em semanas, enquanto trabalho pesado e esportes de alto impacto exigem mais tempo e liberação médica.
Prevenção de recidiva
- Manter o core forte: Exercícios regulares que fortalecem a musculatura abdominal e lombar.
- Boa postura: Ergonomia no trabalho e nas tarefas domésticas para reduzir sobrecarga.
- Controle de peso: Menos carga sobre a coluna reduz risco de progressão.
- Evitar tabagismo: Fumar atrasa a cicatrização e acelera degeneração discal.
Quando procurar um especialista
Procure avaliação médica se a dor for intensa, persistente por mais de 6 semanas, ou se houver formigamento, fraqueza nas pernas ou alterações no controle de urina e intestino.
Um especialista em coluna vai orientar exames, propor tratamento e discutir expectativas reais sobre recuperação. Diagnóstico precoce melhora as chances de sucesso, seja com medidas conservadoras, seja com cirurgia.
Conclusão
Retrolistese com instabilidade é uma condição que pode limitar muito a qualidade de vida, mas tem opções de tratamento bem definidas. O diagnóstico exige exame clínico e imagens adequadas. O tratamento começa de forma conservadora e evolui para cirurgia quando necessário. Com o plano certo, é possível reduzir dor e recuperar função.
Se você suspeita de retrolistese com instabilidade, procure um especialista para avaliação e siga as orientações de tratamento. Comece aplicando as dicas de prevenção hoje mesmo e marque sua avaliação para avançar no tratamento.