Luxação recidivante do ombro: causas, tratamento e prevenção

Ter o ombro que “sai do lugar” mais de uma vez é frustrante. A luxação recidivante do ombro não é apenas dor momentânea. Ela afeta sono, trabalho e esportes. Se você já teve uma luxação, há risco de nova saída. Mas existem caminhos claros para reduzir essa chance e retomar suas atividades.

O que é a luxação recidivante do ombro?

Luxação recidivante do ombro
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A luxação recidivante do ombro é quando a articulação do ombro se desloca repetidamente após uma primeira luxação. O ombro é a articulação mais móvel do corpo. Essa mobilidade facilita movimentos, mas também aumenta o risco de instabilidade.

Depois da primeira luxação, estruturas como cápsula, ligamentos e o lábio glenoidal podem ficar enfraquecidas. Isso facilita novas luxações, principalmente em movimentos que forçam o braço para trás ou para cima.

Causas mais comuns

Vários fatores aumentam a chance de uma luxação recidivante do ombro. Entender a causa ajuda a escolher o tratamento certo.

  • Trauma inicial: Queda ou impacto forte pode lesar as estruturas do ombro.
  • Idade: Pessoas jovens têm maior risco de recorrência.
  • Atividade física: Esportes de contato ou arremessos aumentam o risco.
  • Instabilidade congênita: Capsulas mais frouxas podem predispor a luxações.
  • Lesões associadas: Fraturas ou lesões no lábio podem levar a novas luxações.

Sintomas e diagnóstico

Conforme divulgado pelos profissionais do Centro de Ortopedia Especializada – COE, situado em Goiânia, depois de uma luxação, alguns sinais indicam risco de recidiva. Sensação de que o ombro “vai sair”, dor em movimentos extremos e perda de força são comuns.

O diagnóstico começa com exame físico e histórico. Exames de imagem, como radiografia e ressonância magnética, mostram lesões ósseas e de tecidos moles. O médico avalia a estabilidade e o padrão das instabilidades.

Tratamento: quando optar por cada caminho

O tratamento depende da idade, atividade do paciente, lesões associadas e frequência das luxações. Há duas frentes: conservadora e cirúrgica.

Tratamento conservador

A abordagem conservadora é indicada em alguns casos, principalmente quando a primeira luxação não causou grandes lesões ósseas. O foco é reabilitação e controle das crises.

  1. Imobilização inicial: Curta, para controlar dor e inflamação.
  2. Fisioterapia: Fortalecimento dos rotadores e estabilidade escapular.
  3. Adaptação de atividades: Evitar movimentos de risco enquanto houver instabilidade.

Muitos pacientes melhoram bastante com fisioterapia bem conduzida, mas jovens atletas podem ter recidivas mesmo após reabilitação.

Tratamento cirúrgico

A cirurgia é indicada quando há recorrência frequente, lesões ósseas ou falha da reabilitação. O objetivo é restaurar a anatomia e tensionar a cápsula para impedir novas luxações.

  1. Artroscopia: Reparo do lábio e capsuloplastia em muitos casos.
  2. Procedimentos abertos: Em casos com perda óssea importante, enxertos podem ser necessários.
  3. Reabilitação pós-operatória: Fisioterapia progressiva para recuperar movimento e força.

Médicos ortopedistas recomendados em GO destacam que resultados cirúrgicos são geralmente bons, com redução significativa das recidivas quando a técnica é adequada ao problema.

Prevenção: o que você pode fazer hoje

Prevenir novas luxações envolve mudança de hábito e exercícios certos. Pequenas ações reduzem muito o risco.

  • Fortalecer os músculos do manguito rotador: Exercícios específicos aumentam a estabilidade.
  • Treinar controle motor: Trabalhar equilíbrio e propriocepção do ombro.
  • Ajustar técnica esportiva: Corrigir movimentos de arremesso ou queda reduz carga no ombro.
  • Evitar movimentos extremos: Enquanto houver instabilidade, não force rotações exageradas.
  • Retorno gradual às atividades: Voltar aos treinos de forma progressiva diminui recidivas.

Quando procurar um especialista

Procure um médico se o ombro sair do lugar mais de uma vez, se houver dor persistente ou sensações de instabilidade. A avaliação precoce ajuda a evitar danos maiores.

Se precisar de indicação local, converse com ortopedistas. Um exame bem feito define se o tratamento conservador ou cirúrgico é o mais indicado.

Casos reais rápidos

João, 22 anos, sofreu luxação durante jogo de rugby. Optou por cirurgia após duas recidivas e voltou ao esporte após 9 meses de reabilitação.

Mariana, 45 anos, teve a primeira luxação em queda. Seguiu fisioterapia intensa e não apresentou nova luxação em dois anos.

Esses exemplos mostram que a decisão depende muito do perfil e da lesão.

Conclusão

Luxação recidivante do ombro é uma condição que pode limitar sua vida, mas tem soluções. Identificar a causa, escolher o tratamento certo e investir em reabilitação reduz as chances de nova luxação. Seja por fisioterapia ou cirurgia, o objetivo é devolver função e segurança ao ombro.

Se você vive com episódios de instabilidade, busque avaliação e siga as orientações para prevenir recaídas. Aplique as dicas de fortalecimento e, se necessário, procure um especialista para discutir opções.

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