Osteomielite no joelho: sintomas, exames e tratamento
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Sentir dor no joelho que não passa pode ser mais do que um problema articular comum. Em alguns casos, a causa é uma infecção do osso conhecida como osteomielite no joelho. Essa condição exige atenção rápida para evitar complicações, como destruição do osso ou a necessidade de cirurgia extensa.
Neste artigo eu explico de forma direta como identificar os primeiros sintomas, quais exames ajudam no diagnóstico e quais são as opções de tratamento. Vou usar linguagem simples e exemplos práticos para você entender o que fazer se desconfiar de osteomielite no joelho.
O que é osteomielite no joelho

Conforme ressalta o Dr. Ulbiramar Correia, ortopedista reconhecido na área, a osteomielite no joelho é uma infecção do osso ou da medula óssea ao redor da articulação do joelho. Bactérias são a causa mais comum, mas fungos também podem provocar o problema em casos especiais.
A infecção pode alcançar o osso por dois caminhos principais: pela corrente sanguínea ou por contaminação direta, por exemplo após uma fratura aberta ou cirurgia no joelho.
Sintomas mais comuns
Os sinais da osteomielite no joelho variam conforme a fase da infecção. No começo podem ser sutis. Com o tempo os sintomas tendem a se intensificar.
- Dor localizada: Dor persistente no joelho que piora ao mexer ou ao apoiar o peso.
- Edema: Inchaço visível na região do joelho.
- Vermelhidão e calor: Pele mais quente e avermelhada sobre o osso afetado.
- Febre: Febre baixa ou alta, dependendo da gravidade.
- Limitação de movimento: Dificuldade para dobrar ou esticar a perna sem dor.
- Sintomas sistêmicos: Em casos agudos pode haver mal-estar, suor e perda de apetite.
Quando suspeitar e procurar atendimento
Procure um médico se a dor no joelho não ceder em poucos dias, especialmente se vier acompanhada de febre, inchaço intenso ou sinais de pele comprometida.
Pessoas com feridas abertas perto do joelho, diabetes ou sistema imunológico comprometido devem buscar avaliação mais rápida, pois têm risco maior de desenvolver osteomielite no joelho.
Exames que ajudam no diagnóstico
O diagnóstico combina exame clínico e exames complementares. Nenhum teste isolado costuma ser definitivo, portanto a avaliação é feita em conjunto.
Exames laboratoriais
Hemograma e marcadores inflamatórios, como proteína C reativa e velocidade de hemossedimentação, ajudam a indicar infecção e monitorar resposta ao tratamento.
Exames de imagem
Radiografia simples pode mostrar alterações tardias do osso. A tomografia computadorizada é útil para avaliar destruição óssea.
Ressonância magnética é o exame mais sensível para identificar osteomielite no joelho em fase inicial. Ela mostra inflamação da medula óssea e abscessos.
Cultura e biópsia
Coleta de sangue e, quando possível, punção ou biópsia do osso para cultura são importantes para identificar o micro-organismo causador. Isso orienta a escolha do antibiótico.
Tratamento da osteomielite no joelho
O tratamento combina antibiótico adequado e, quando necessário, cirurgia. O objetivo é eliminar a infecção e preservar a função do joelho.
- Antibióticos dirigidos: Início com antibiótico intravenoso, seguido por via oral. A duração varia, geralmente semanas a meses, conforme a gravidade.
- Dreno ou desbridamento: Procedimentos cirúrgicos para remover tecido morto e drenar abscessos quando há coleção de pus.
- Estabilização: Em fraturas associadas pode ser necessário fixador ou cirurgia ortopédica para manter alinhamento.
- Tratamento da prótese infectada: Se a infecção atingir uma prótese do joelho pode ser preciso remover e substituir o implante.
Cuidados pós-tratamento e reabilitação
Após controlada a infecção, a reabilitação é essencial. Fisioterapia ajuda a recuperar força, mobilidade e diminuir rigidez.
Seguir o esquema de antibióticos até o final é fundamental. Interromper antes do tempo aumenta risco de recidiva da osteomielite no joelho.
Prevenção e fatores de risco
Algumas medidas reduzem o risco de osteomielite no joelho, sobretudo em pacientes com cirurgia prévia ou diabetes.
- Cuidados com feridas: Higienizar e proteger cortes e ferimentos próximos ao joelho.
- Controle glicêmico: Diabéticos devem manter boa glicemia para reduzir risco de infecção.
- Higiene em procedimentos: Seguir protocolos de esterilização em cirurgias e curativos.
Infecção em prótese do joelho
Se a infecção envolver uma prótese, o plano pode incluir antibióticos prolongados e, às vezes, troca do implante. Nessas situações é essencial contar com um profissional experiente.
Se houver suspeita de contaminação de implante, procure um especialista em prótese do joelho para avaliação e definição do melhor tratamento.
Complicações possíveis
Sem tratamento adequado, a osteomielite no joelho pode levar a perda óssea, artrose secundária, fístulas de pele e necessidade de cirurgia ampla. Em casos raros, a infecção pode se espalhar para outras partes do corpo.
Casos práticos: quando agir rápido
Exemplo 1: João sofreu queda com ferida aberta no joelho. Três dias depois teve dor intensa, febre e inchaço. A atitude correta foi procurar atendimento para iniciar antibiótico e exames.
Exemplo 2: Maria, com prótese há dois anos, notou dor crescente e secreção local. A avaliação precoce evitou que a prótese fosse irreversivelmente comprometida.
Resumo e próximos passos
Osteomielite no joelho é uma infecção séria, mas tratável quando identificada cedo. Observe dor persistente, inchaço, calor local e febre. Procure avaliação médica para exames e cultura, que guiarão o tratamento com antibiótico e, se necessário, cirurgia.
Se você está com sintomas ou conhece alguém em risco, não adie a consulta. A detecção precoce aumenta as chances de recuperar a função do joelho sem maiores sequelas.
Reveja os sinais, siga as orientações do médico e aplique as dicas práticas apresentadas aqui para cuidar da saúde do seu joelho e prevenir a osteomielite no joelho.